5.11.10

será?

sem querer eu continuo criando castelos de pedra firme. mas quando olho de perto já é tarde, eles - que na verdade não eram nada mais do que areia, se desmancham com o vento e com a brisa.


e tem manhãs que eu acho que preciso desistir, que já dei tudo que tinha que dar de mim e não me resta nada. nadinha. e alguma coisa acontece: eu ouço alguma música bacana, alguém conta uma piada que me faz rir, o sinal fica verde antes que eu pare o carro.

e eu continuo. e desisto de desistir. e resolvo tentar mais uma vezinha. só mais uma.


será que é essa a tal esperança?


21.9.10

só sofro...



porque quando sinto, sinto muito. e quando beijo, vou até o fim. e quando mergulho, só paro até chegar no fundo. e quando sofro...ah, quando sofro não sinto, não beijo e nem mergulho. só sofro.

e durante o almoço, quando me perguntaram do que eu tinha medo, respondi de supetão: de sofrer. porque? porque sofrer é ruim, e tudo acaba em sofrimento... isso, tudo acaba em sofrimento. as coisas boas, as ruins, as nem tão legais assim acabam, e a gente sempre sofre no final.

E por enquanto eu não quero sofrer. É porque sou fraca, e medrosa, e tenho transtorno obsessivo compulsivo. e quando sofro...ah, quando sofro não sinto, não beijo e nem mergulho.

só sofro...

1.9.10

Pra pensar

O telefone toca e ela sente aquele arrepiozinho que dá bem na espinha. É ele. E ela atende, faz voz de quem estava ocupada/acordada/fazendo alguma coisa. E responde que não, estava mesmo de bobeira. E conversa um pouco. Amenidades/besteiras/nada importante. E ele pede para ela olhar a lua. E ela mente, diz que já viu, que está linda. Até porque mesmo se não estivesse, estaria.

E quando acaba ela não entende/quer entender/duvida.

E quando realmente acabar ela tem uma certeza: que não importa o que ela disse/fez/pensou vai doer. e muito.

Pensar em nada

Todo dia, tudo sempre igual. Uma consulta ali, um trabalho pela manhã, outro a tarde. E a noite eu fico a esmo, cansada de tudo isso. Tentando me encontrar onde não há nada.

Na varanda eu sou mais eu, eu fico caladinha, vendo a lua, vendo a noite acabar e o dia chegar bem devagar. E eu penso que vai ser assim pra sempre - e é clichê. E é normal. Mas eu me acostumei, me acomodei com isso que eu chamo de vida.

Hoje alguém falou que a gente não manda no coração - mas eu queria. E é tanto querer, tanta coisa, tanta dúvida e tão pouca certeza que eu nem sei mais. Aliás, acho que nunca soube. Eu queria escolher o caminho certo, com a paixão de quem ama a vida, de quem sabe o que quer dela. Mas eu queria. E é tanto querer.

E agora já é tarde, vou para a varanda. Fumar um ou dois cigarros e pensar em nada.




The Most Beautiful Suicide

On May Day, just after leaving her fiancé, 23-year-old Evelyn McHale wrote a note. ‘He is much better off without me … I wouldn’t make a good wife for anybody,’ … Then she crossed it out. She went to the observation platform of the Empire State Building. Through the mist she gazed at the street, 86 floors below. Then she jumped. In her desperate determination she leaped clear of the setbacks and hit a United Nations limousine parked at the curb. Across the street photography student Robert Wiles heard an explosive crash. Just four minutes after Evelyn McHale’s death Wiles got this picture of death’s violence and its composure. The serenity of McHale’s body amidst the crumpled wreckage it caused is astounding. Years later, Andy Warhol appropriated Wiles’ photography for a print called Suicide (Fallen Body).

30.7.10

noites

o tempo passando, e cada dia vai embora sem que nada da minha "listinha" de coisas - pequenas, grandes, seja feita. enquanto a noite segue, eu continuo insone, tentando não pensar no mundo de coisas aí fora que eu quero fazer e não fiz. que eu quero fazer mas a preguiça parece ser maior.


sim, porque só pode ser ela: a maldita preguiça. que me impede de ir atrás dos meus sonhos, atrás do que eu quero ser, que me afasta de tudo que eu já deveria ter feito.

e eu adoraria dizer que é meu jeito, que esperando sempre se alcança... que tudo vai mudar um dia. mas quase 30 anos passaram e nada mudou. eu continuo aqui, parada, sem me mover. e quando me movo é como se fosse em retrocesso...

e mais uma noite passa, e a segunda chega - e passa. e eu continuo passando as noites insones...


21.7.10

Forever


"Look, I guarantee there'll be tough times. I guarantee that at some point, one or both of us is gonna want to get out of this thing. But I also guarantee that if I don't ask you to be mine, I'll regret it for the rest of my life, because I know, in my heart, you're the only one for me..."


The Runaway Bride




The Marriage of Tristram and Isolde (Burne-Jones)

no fundo, no fundo

mesmo que o tempo passe, e eu viva outros segundos e beije outras bocas... eu continuo pensando em você. nem sei se é bem você ou a lembrança de tudo que vivemos - e do que planejamos viver.

e sabe o que é mais interessante? é que eu não iria querer voltar aquela vida. mas ainda dói pensar nela. só um pouquinho. no fundo, sabe? só no fundo.
por fora eu continuo saindo, bebendo caipirinhas e conversando no computador. vendo seriados também. mas por dentro eu continuo a mesma de sempre. com desejos, e sonhos, e vontades, e pensamentos que escondo de todo mundo.

quando tudo que eu queria era sair correndo, entrar no carro e fugir de tudo, eu lembro que não posso. que foi-se o tempo em que fugir resolvia alguma coisa. resolvia mesmo? agora eu não vou saber. nunca vou saber.
então eu fico aqui sendo outra por fora e eu por dentro... mas só no fundo.

17.7.10

pensei

e quando a gente conversa e o tempo passa eu ficou louca. e tento pensar em outras coisas, em outras pessoas, e outros tempos. mas na vida tudo é isso, tudo é assim. e mesmo na cidade mais linda do mundo eu sinto que me falta alguma coisa, me falta um rumo, um norte, um destino...
uma coisa importante e tola, que só faz sentido se for vivida e se for bem vivida. e quanto mais o tempo passa mais eu vejo que posso ser mais - bem mais, do que estou sendo agora.

2.7.10

para escutar e não ouvir

e eu fingi entender tudo que você dizia quando na verdade eu já havia me perdido. mas não foi por querer, é que toda vez que fecho os olhos eu penso em milhões de coisas, pequenas partículas que se amontoadas não constróem sequer um minuto.

mas mesmo assim eu tento escutar, e entender, e compreender e fazer sentido das palavras que saem da tua boca. mas não, não consigo.

mil vidas se passam bem na minha frente, um elefante azul, uma nuvem amarela, as contas que eu ainda não paguei, os filmes que precisam ser devolvidos, as roupas que comprei para usar um dia, as bonecas que sempre sonhei ter e que hoje já não fariam sentido na prateleira.

e enquanto isso você continua despejando verdades, sorrateiro essa coisa de "verdades", não é? Existe um referencial quando você fala as suas? E eu devo escutar e tomar para mim só porque elas vêm de você?

Vamos parar um pouco. Eu preciso respirar. Preciso ouvir o tempo, sentir o vento, molhar a brisa e mergulhar em algo gelado - o mar, talvez?


... e só então, talvez, eu possa parar e te escutar mais uma vez. escutar, talvez. ouvir, não.




27.6.10

eu fujo

quando sinto medo, ou fico triste ou chateada eu fujo. para não me expor, para não arriscar, não sofrer... e me escondo no único lugar que eu sei: a comida. é delicioso, e me faz pensar que, não importa o que esteja acontecendo lá fora no mundo, aqui dentro eu estou sendo feliz. pelo menos por enquanto.

e eu fico feliz. por enquanto...

26.6.10

se a lua fosse minha

sério. não quero mais. cansei. basta. não vou mais ligar, nem atender, nem mandar mensagem. não acho certo. nunca achei. mas não conseguia. agora decidi. e preciso que você me ajude. que não faça o telefone tocar, nem meu pensamento divagar olhando para a lua quando ela está cheia; e tudo bem se der vontade de te beijar, de te sentir... eu vou acreditar que vou encontrar isso em outra pessoa. em outro tempo. outra pessoa que seja certa para mim, que me faça rir, que me abrace a noite dizendo que são só trovões - que a chuva é forte sim, mas vai acabar passando.


e por enquanto que é madrugada eu vou tentar ficar aqui dentro, não pensar na lua lá fora e nem nas coisas que você dizia quando eu acreditava em você. ah, sim, porque eu acreditei. foram cinco minutos tão bons. e eu acreditei quando você me dizia coisas bonitas, e me fazia acreditar que era de verdade. e outro minuto passou. eu percebi que não era bem assim... aliás, o que é do jeito que a gente pensa? nada. mas por cinco minutos foi do jeito que eu pensei.




e a lua lá fora... todinha lá fora. a lua cheia.

de bater


Porque hoje eu acordei querendo encontrar um grande amor. ou melhor, querendo que um grande amor me encontre, me arrebate e me faça sonhar acordada.

faz tanto tempo que eu não me entrego, me deixo viajar nas palavras de alguém... e só por isso hoje eu tentei lembrar como era bom quando eu estava apaixonada e não consegui. e nem foi porque meu coração não tem batido. nem parado. nem feito nada. ele só está aqui. guardadinho.

parece que a qualquer momento ele vai explodir, tomar conta de mim, me invadir de uma vez. como se fosse um temporal daqueles que destrói e deixa feridos.
mas por enquanto ele está encolhidinho, com medo e cansado de bater sem motivo. de bater por bater. de viver a cada dia como se fosse igual ao passado.
e se eu me decepciono, e se espero o que não vai acontecer, eu acho que nem fico triste. e acho que nem sofro tanto. e nem choro tanto... e nem sinto mais...

20.6.10

e eu soube


Tudo bem. Eu já sabia. Mas saber é uma coisa, ter certeza é outra. Quando li, nem entendi direito. Era preto na tela. Era a certeza do que eu já percebi faz tempo. Mas mesmo assim eu fiquei parada ali, e o mundo ficou mudo. E eu fiquei sem entender nada.
Porque no fundo, no fundo, eu ainda achava que poderia ser só impressão. E sabe aquele papo que intuição de mulher não falha? A minha devia estar off, porque juro que foi só naquela hora que eu entendi tudo. E juntei todas as peças. E saquei os comentários. E escutei o que todo mundo me falava.

me deu vontade de te abraçar e dizer que ia dar tudo certo. que não precisava mais mentir, mais fingir perto de mim. mas eu só fiquei ali, sem reação, sem ouvir nada do que diziam perto de mim. e quando você perguntou o que eu tinha, mudei de assunto, menti. mas seria tão mais fácil dizer a verdade para você. mas eu não disse. você também não.

Ou seja, o que antes eu achava agora eu sei. e fico com raiva porque você acha que eu não percebi, que está me enganando. mas porque? não seria tão mais fácil se a gente pudesse falar sobre tudo, se a gente pudesse rir de todo mundo que está do lado de fora?

15.6.10

Ele aperta

Sempre que você chega perto meu coraçãozinho fica mais sensível, parece que ele sabe o que vem por aí. E eu já disse que não adianta falar, espernear e muito menos sentir dor. Você não quer saber. Para você está tudo bem, a gente vai se falando, vai se vendo, vai vendo até onde dá para levar.


E ele não aguenta. Porque toda vez que você chega perto ele sente. E eu tento enganar, fico dizendo que não é nada, que vai passar. Para ele ser paciente e parar de ser tão exigente, parar de querer o que não deve- e nem pode.

Mas ele não ouve. E toda vez que você chega perto ele aperta. E me diz que dá sim, que eu nunca tentei, que às vezes ele precisa sofrer para aprender e que não tem nada demais. Mas eu não não quero - e nem posso.
E continuamos assim, debatendo e discutindo, ele sempre sem razão e eu racional demais. Não é sempre assim? Mas não devia ser - e nem deve.

Se a felicidade fosse...

Fiquei pensando em tudo que eu preciso fazer antes de ir. De tudo que eu ainda sonho ver, tocar, sentir, amar e percebi que é tanto, mas tanto, que não vou ter tempo.

E mesmo que eu começasse nesse segundo, o tempo iria passar e eu não iria conseguir. E eu tentei abraçar o mundo e não consegui. Vai ver que ele é igual a mim, não gosta. Vai ver que ele é igual a mim. Não quer.

Ouvindo Laura Marling e pensando que a felicidade bem que podia ser um pequeno globo de brilhantes que a gente pudesse agarrar com os dedos e com muita força segurar. Como uma estrela que não vai a lugar algum. Como um beijo que pode durar para sempre - mas que não vai.




8.6.10

Descontroladamente

Atravessando a rua, percebi que tenho medo. Ou melhor, evito o medo. Prefiro não sofrer do que sofrer e sofrer. É complicado, assim como tudo que se passa aqui dentro.

E eu, que antes saía no meio da rua, parava o carro em sinal vermelho e fumava descontroladamente, me encontrei preocupada com carros na contra mão, e assaltantes de moto e enfisema. E não é assim que eu quero ser. E não é assim que eu me vejo. Mas quando páro, é assim que eu sou.


O que eu não entendo é essa pressa, essa vontade louca de fazer logo tudo. De acabar mais rápido. Como se eu fosse um pêndulo e meu relógio estivesse sempre atrasado...


"with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
Silence, silence.

This is my final fit,
my final bellyache"
Regina Spektor - No Surprises

7.6.10

celular


jantando e conversando com outra pessoa eu vi que não é isso que eu quero. claro que de vez em quando eu roubava uma olhada no celular, mas eu já esperava que você não fosse ligar. mesmo esperando. e vi que eu quero mais, que eu mereço melhor, que no fundo eu preciso pensar mais em crescer do que em sobreviver.

e eu não estou dizendo que está sendo fácil, ou que eu vou parar de pensar em você do dia para a noite. mas eu vou parar.

e quando eu olhar para o meu celular, vai ser para ligar para outra pessoa. e falar sobre outras coisas.

4.6.10

para pensar


eu pensei que não queria me apaixonar. tenho medo de sofrer, de me apegar, de aguentar calada, de ficar com medo de perder, de perder, de chorar de raiva e engulir o orgulho.


e ontem, vi um casal que está junto há tanto tempo e ela encostou a cabeça no ombro dele. e eles seguraram a mão um do outro. e vi outro casal dançando no meio da praça e pensei: deveria ser eu. mas não, isso eu não quero.

eu quero um amor sereno, seguro, confiante, daqueles que você não precisa ligar a todo momento para saber que ele está pensando em você... e quero abraços inesperados e pequenas declarações acompanhadas de abraços apertados.

mas o que eu realmente queria era fechar os olhos e imaginar que um dia eu vou encontrar isso. Mas eu não vou. E eu sei. E mesmo assim, eu parei de pensar.

Vai passar...

Acorda cedo, vai para a praça trabalhar, atende mil ligações, organiza outras mil entrevistas. cancela o almoço com aquele amigo. é meio dia e o repórter não chegou. a equipe chegou mas não o caminhão de link ao vivo. corre para o jornal. hoje tem que fechar um caderno e duas colunas. almoça correndo e tenta colocar as fofocas em dia. volta para o jornal. nossa, a rede caiu. espera enquanto escreve uma matéria. espera a matéria do estagiário. cobra matéria. cobra fotos. fecha páginas. fome. um refrigerante para enganar a fome. precisa tirar férias. não, de verdade. é OBRIGADA a tirar férias logo. próxima semana? não, próximo mes.

volta para a praça. tudo ok. volta para casa. não aguenta ir para a reunião pedagógica. o computador não quer ligar. chora. o computador não entende e continua sem ligar. chora mais um pouco....

e pensa: quando vai passar?


25.5.10

Love in the Afternoon


E sei que não estou bem - bem de verdade, quando sinto vontade de ouvir Legião Urbana. Tem um quê nas letras e na voz do Renato que me faz parar para refletir, que me deixa alegre e triste ao mesmo tempo. "um contentamento descontente".

e ontem ouvi uma música que me lembrou você. "não é sempre mas eu sei, que você está bem agora". e meus olhos encheram de lágrimas, mas elas ficaram onde estavam. e eu aumentei o volume, vi a chuva caindo e os raios iluminando a madrugada. mas não quis que acabasse. não queria parar de pensar em você, de lembrar o quanto você me faz falta. de como eu queria te conhecer melhor, de saber o quanto você era realmente especial.

queria ter pequenas anedotas da nossa vida, e queria não lembrar de você com esse peso no coração. "só não aprendi a perder". mas agora não dá mais. é tarde. o verão realmente acabou. e õ que ficou foi só saudades, só a falta que você faz. e a vontade de poder conversar com você sobre o tempo, sobre a chuva, sobre os raios, sobre o meu dia, sobre as coisas que eu queria da vida, sobre o tempo que passa rápido e que às vezes parece não passar.

e eu queria te dizer tanto, mas mais ainda queria te ouvir.

"e eu que tive um começo feliz, do resto não sei dizer..."




16.5.10

Acredito


E você me pergunta se eu estou bem. E mesmo respondendo "sim", tudo que eu queria dizer era que não. Que parei de acreditar.


Agora eu já sei que não existe príncipe encantado, que as coisas ruins acontecem com as pessoas boas, que um amigo pode sim te decepcionar e que não importa o quanto você queira alguma coisa e quanto a mereça, ela pode nunca ser sua.


Sinto aquele nó na garganta que dá quando você quer chorar e não consegue, e tento assistir um filme triste para ver se tudo vira lágrima, e tento ligar para ela me consolar e ela também não atende.


E no fundo eu nem sei o que ela poderia me dizer. Eu sei que ela ia me perguntar se eu estava bem, e eu dizer que "sim". E nem se você soubesse que eu estava mentido, ia ser bom saber que você se importa. E que mesmo se eu nunca melhorar, vou saber que você me ama o suficiente.


É só que às vezes o amor não é suficiente. Agora eu sei disso. Às vezes todo o amor do mundo não consegue te puxar de volta; e às vezes todo o amor de alguém não basta. Não para mim.


E eu senti frio a noite, e senti que nada daria certo nunca mais. E mesmo assim, eu respondi que "sim".


Ao som de: Hold On, de Alain Clark

"And you will find what you want

It's just a little...

Someone that can ease your mind..."


14.5.10

No vazio daqui de dentro


Final da novela das 8 da Globo... Eu e Yatta deitadas na cama. Jogando conversa fora.


Eu quase esqueço que nesses últimos dias não tenho andado bem. E eu tento passar o tempo, porque quando ele passa eu esqueço.


E quando eu esqueço é tão bom. O vazio tem me feito bem. Mas a verdade é que eu queria me encher, sabe? Ficar plena, repleta de tudo: felicidade, alegria, amor, paixão, sexo, risadas, bem estar, livros, músicas novas.


Quero me sentir plena. E enquanto isso não acontece eu passo o tempo tapeando o vazio aqui de dentro... E assistindo televisão, e falando com os amigos, e procurando algo bom pra ler.

12.5.10

pra chorar

E às vezes é assim. Dá vontade de ouvir Legião Urbana no Ipod, enrolada na cama com a luz apagada e chorar. Não, eu não gosto de chorar, mas às vezes faz bem. Deixar a tristeza invadir o corpo, poder se desapegar do que é certo e errado, poder me sentir uma merda grande.

e saber que mais tarde, quando a playlist acabar, ou então eu cair no sono, vou esquecer de tudo isso. esquecer que eu não consigo ser mais, nem querer mais. e tentar ser feliz só sendo.

"e quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lagrima.."

22.4.10

Estou de volta...


Depois de não sei quanto tempo, parece que estou voltando com força total ao mundo virtual. Me jogando mesmo. Fiz twitter, atualizei meu blog de beleza... e mesmo assim, com tantos meios de comunicação, ainda senti que faltava alguma coisa.


Acho que, mesmo que ninguém leia, me falta soltar essas palavras que ficam me angustiando. E não, não estou na vibe emo-pré-teen. É aquela angústia que só sabe quem vive. Quem tem dúvida, quem ama muito, quem não sabe o que é amor, quem tem medo.


Cheguei em casa hoje, tirei a sandália rasteira e fui para a varanda. Adoro fumar na varanda. É de lá que eu vejo o mundo passar, é lá que eu me sinto bem para pensar na vida, pensar no que a vida tem feito comigo e principalmente no que eu tenho feito com ela.


Mesmo caindo de cansaço, fiquei um tempão lá fora. Só esperando a resposta cair no meu colo. Mas resposta de que? Eu nem sei ainda qual é a pergunta. Ou as perguntas. Aí você me fala: assim fica difícil.


Minha resposta? - Se fosse fácil, não seria viver.