Descontroladamente
Atravessando a rua, percebi que tenho medo. Ou melhor, evito o medo. Prefiro não sofrer do que sofrer e sofrer. É complicado, assim como tudo que se passa aqui dentro.
E eu, que antes saía no meio da rua, parava o carro em sinal vermelho e fumava descontroladamente, me encontrei preocupada com carros na contra mão, e assaltantes de moto e enfisema. E não é assim que eu quero ser. E não é assim que eu me vejo. Mas quando páro, é assim que eu sou.
O que eu não entendo é essa pressa, essa vontade louca de fazer logo tudo. De acabar mais rápido. Como se eu fosse um pêndulo e meu relógio estivesse sempre atrasado...
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"with no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
Silence, silence.
This is my final fit,
my final bellyache"
Regina Spektor - No Surprises
no alarms and no surprises,
no alarms and no surprises,
Silence, silence.
This is my final fit,
my final bellyache"
Regina Spektor - No Surprises
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