30.5.07
Pé na bunda ... ou nada
Lágrimas. Não, desta vez não iria enfiar-se embaixo do chuveiro e chorar. Porque esconder? As piores coisas que ouviu foram dela mesma, então de nada adiantaria segurar com pensamentos contentes a verdade. Não adiantaria segurar as lágrimas. Dias de muito caos foram responsáveis pelo súbito descompasso de sua vida, e finalmente era chegada a hora de chorar. Finalmente. Palpitações que invadiram seu corpo, do dedinho do pé até a ponta do nariz a fizeram tremer. Parecia que, de uma hora para outra, algo iria acontecer e ela iria chorar. E nada. Nada daquelas tão ansiosamente aguardadas lágrimas salgadas. De vez em quando ela até tentava, mas via que, ao contrário das pessoas que choravam até em comercial de margarina, as lágrimas que ela possuía só faziam acumular. E nada. Eis que, de repente, como tudo na vida, uma ação desencadeiou várias reações e, mesmo sem entender, sua vida virou caos, e a normalidade deu um pé bem no meio da sua bunda. Isso mesmo, assim, bem de uma vez, chutando-a pra bem longe do conforto que traz insensibilidade no dia-a-dia. E nada.
28.5.07
Durma, Medo Meu: O Teatro Mágico
Durma, Medo Meu: O Teatro Mágico
Foto: Rigoberto/Planeta Diário 2007
Todo o chão se abre
No escuro, se acostuma
Às vezes a coragem é como quando a nova lua
Somos a discórdia
E o perdão
E nos esquecemos da cor que tinha o céu, assim
Como a saudadeOu uma frase perdida
Durma, Medo Meu
Durma, Medo Meu
Hmmm, não
Às vezes um "não sei"
Janela, madrugada, luz tardia
E o medo nos acorda
Pára e bate o coração
Em pura disritmia
O medo amedronta o medo
Vela, madrugada, dia, assim
Como a saudade
Ou uma frase perdida
Durma, Medo Meu
Durma, Medo Meu
................ grata pelos amigos que me mostram novas músicas legais, pelos que me seguram pela mão quando eu já não consigo mais ficar de pé, pelos que me fazem sorrir sem motivo, pelos que me agüentam mesmo quando eu não quero ficar comigo mesma............
27.5.07
No meio ...
E no meio de tanta mágoa, tanta coisa que eu queria ter dito e não disse, eu te liguei para dizer que sentia muito, para saber que horas seria o velório e para saber se você precisava de alguma coisa...
Não, a gente conversa sobre as outras coisas depois... agora, o que importa é você, sua família e esse momento ruim que vocês estão passando... depois a gente conversa e eu digo que ainda estou chateada com o que aconteceu, mas agora não é hora...
no meio de tanta coisa, no meio deste vendaval de coisas tão ruins que estão acontecendo, eu te ligo e a gente tá normal denovo - por alguns segundos...
e no meio de tanta coisa ruim, depois a gente conversa sobre as outras coisas...
23.5.07
Esqueci
Esqueci muitas das coisas que eu gostava muito:
Foto: De Cima Para Baixo/Torre Eifell/2006 by Biá Boakari
Esqueci de ler por prazer, de ficar em casa fazendo nada (não, ficar no computador procurando o que fazer não conta), de comer pipoca com muito queijo ralado, de falar no msn com a Yatta quando ela está bem ali no outro quarto, de ir pra casa de alguém e ficar só conversando, de dormir sem ter que ligar o despertador, de escrever sem motivo algum, de ficar fumando com o Francis, de fazer pipoca pra mamãe, de ler revista besta (sem atentar para o estilo que a repórter usou, ou como ela transiciona de uma citação para o texto), de tirar foto de flor, de ver Jô Soares sem tentar entender o método de entrevista que ele usa, de sair de casa sem rumo, de ouvir Ace of Base e Oasis, de cantar sem saber a letra, de dançar só pra mim, de dormir sem sono, de não entender um livro e deixar por isto mesmo...
esqueci um pouco de mim, mas acho que estou voltando... aos poucos... bem pouco...
p.s.: uma das coisas que eu adoro é o Robert Frost. A melancolia nos textos dele são tão impressionantes porque não parecem melancólicas; de um jeito ou de outro, parece filme que tem final feliz... quem tiver um tempinho, dá uma procurada nas coisas dele... são muito boas!!
acquainted with the night : Robert Frost
I have been one acquainted with the night.
I have walked out in rain --and back in rain.
I have outwalked the furthest city light.
I have looked down the saddest city lane.
I have passed by the watchman on his beat
And dropped my eyes, unwilling to explain.
I have stood still and stopped the sound of feet
When far away an interrupted cry
Came over houses from another street,
But not to call me back or say good-bye;
And further still at an unearthly height
One luminary clock against the sky
Proclaimed the time was neither wrong nor right.
I have been one acquainted with the night.
22.5.07
Em casa... AMO
20.5.07
Trincar...
Foi bem baixinho, por debaixo das cobertas, com o ar ligado... nem deu pra ouvir direito... mas quebrou. Virou para o lado, tentou ignorar (enfim, mais uma vez) aquele trincar, que mais parecia vidro-porcelana-daqueles-bem-delicados.
17.5.07
No Planeta...
Eu levo essa canção de amor dançante
16.5.07
Os caminhos, a encruzilhada...
(Chico César e Alice Ruiz)
até que foi bem discreto
deixando, ao partir, intenso
muito do seu segredo
nem chegou a tempestade,
esses excessos do vento
foi um corte pequeno
nem dor a mais, nem de menos
foi porque tinha que ir
foi porque tinha que ser
mas está aí a cicatriz
que não deixa mais mentir
se foi ou não foi feliz
14.5.07
Meio estranho...
Final de semana meio estranho... Daqueles que são estranhos mesmo quando não se pode explicar por que. Não, não foi ruim. Saiu para comemorar o aniversário de uma amiga muito especial na sexta-feira. No sábado passou a manhã resolvendo pendências, trabalhou e cantou muito Bob Marley à noite. Mesmo sem ele dar bola, ela aproveitou os poucos minutinhos que passaram juntos. No domingo, um feliz dia das mães seguido de uma noite bem legal, com gente animada e um papo daqueles que, explicando, não faria sentido. Dormiu tarde, ou seria cedo da manhã?
10.5.07
Faz de Conta...
.
9.5.07
A place called Notting Hill
Mundo de verdade
Às vezes é bom ficar deitada, de pernas pra cima (com o pé na parede) assistindo sessão da tarde e comendo besteira, conversando bobagens, deixando o tempo passar... Deixando as coisas que pareciam tão importantes há alguns segundos atrás se dissolverem com cada novo assunto que se discute.
8.5.07
Para Ela...
7.5.07
Peguei o camiho mais curto...
5.5.07
Nando Reis I
Estou aqui, escrevendo sobre um show que eu nem achei muito bom, tendo que falar de um cara que eu achei animado mas que, para mim, não animou (desculpa Ídola!!) ...
Músicas como "Relicário", "O Mundo é Bão, Sebastião", "A Letra A" e "Por Onde Andei" foram apenas alguns dos sucessos cantados por Nando Reis e Os Infernais na noite de ontem (4). Em cima do palco, o ex-Titã não parou um só minuto, alternando entre composições de seu novo cd, "Sim e Não", e tantas outras eternizadas pelas interpretações de Cássia Eller, Toni Garrido (Cidade Negra) e Samuel Rosa (Skank).
Acompanhado de Lan Lan (percussão), Carlos Pontual (guitarra), Felipe Cambraia (baixo), Alex Veley (teclados) e Diogo Gameiro (bateria), que formam o grupo Os Infernais, Nando mostrou entusiasmo e animação durante as quase duas horas e meia que ficou no palco.
Se, durante o show, a energia do público era palpável, entre saltos e notas musicais, Nando incendiou total quando voltou para um merecido "bis". Além de homenagear Guilherme Arantes, um de seus compositores prediletos, executando "Cauda de Cometa", o ruivo entoou "Do Seu Lado" e fechou a noite com uma rápida apresentação de sincronia entre ele e Os Infernais.
Quem esperou a mesma energia do cd "Nando Reis: MTV ao Vivo", que chegou a vender quase 200 mil cópias, não se decepcionou. Nando Reis conseguiu provar porque sua estrela, mesmo fora do grupo Titãs, consegue brilhar ainda mais forte.