"Parece nome de um filme" Yatta

[Image: Alice in Wonderland/Raquel Aparício]

Saudades do tempo que a gente tinha certeza que sabia de tudo,

e era tão feliz ...

"God damn, my spinning head

Decisions that made my bed

Now I must lay in it

And deal with things I left unsaid

I want to dive into you

Forget what you're going through

I get behind, make your move

Forget about the truth"

Maroon Five

....................assistindo Saw III com a Yatta e Francis (freaks!!) ............

Em casa [no sábado!!!]

Pleno sábado a noite e eu em casa, estatelada na rede, assistindo nada menos do que Cinderella III. Dor de cabeça infernal, um advil e carinhos da mamãe, sanduichãoo e batata frita, "a menina que roubava livros", uma barrinha sem graça de chocolate, conversas no msn, um pouquinho de Clarice Lispector.

Nossa... lembro quando o final de semana era sinônimo de curtição...

Juro... nem faz tanto tempo assim...

"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus." C. Lispector

.........................incrivelmente adorando a facilidade do "ficar em casa"..................

pobre menina rica...

Enquanto ele lia, o coração dela parou. E, foi assim que, em poucos segundos, ela voltou a ter 7 anos de idade, quando ficava sentada na mesa de almoço, procurando alguma coisa inteligente para falar. Só para ver se ele notava.

Isso... essa é mais um drama de uma pobre menina rica. Sabe, aquelas que você lê e manda ir catar coquinho, porque se ela não tinha amor em casa, pelo menos tinha uma casa pra dormir e comida pra comer. E o pior é que esta pobre menina rica até amor em casa tinha.

Muita coisa em sua vida muda - o tempo todo - mas existem coisas que simplesmente permanecem inalteradas. Uma delas é a maneira como seus pais vêem as coisas que faz. Para a mãe, tudo é lindo, ela é a meninazinha mais bonita e inteligente do mundo. Paro o pai, sempre ela poderia estar fazendo melhor.

Ele leu o texto, um dos poucos que ela fez e realmente gostou. E ela lá, calada. Nem tem certeza se respirava direito. Enquanto isso, a mãe chega em casa e, já da porta, grita que "amou" - verdade imutável. Ele, continua a ler.

Quando acabou, esperou até que ela perguntasse o que ele tinha achado. "Gostei menina, dessa vez você colocou sua opinião. Deveria fazer mais isso".

E, foi assim que a menina de 7 anos levantou da mesa do almoço, sem falar nada, mas com a certeza de que era amada.

e muito amada.

.............already missing our smoke breaks...........................

Não sabe??

[Foto: "Se ele dança, eu danço, ainda mais se for no Pi Pop...]

O trabalho dignifica o homem, a espera torna-o mais humilde.

Mas, sinceramente, cansei de ficar aqui pacientemente esperando alguma coisa acontecer, e essa vida acomodada começa a me fazer mal.

Me sufoca, e aos poucos vou deixando de ser mais eu para ser outra pessoa. E essa pessoa eu não conheço. Me vejo de relance ao passar por vitrines espelhadas e não me reconheço.

Será que eu era assim antes e nem sabia? Ou será que depois vou descobrir que o reflexo era de outra que aparecia sorrateira, sem que eu percebesse?

Às vezes a gente se perde entre tantas besteiras, tantas coisinhas pequenas do dia-a-dia, sofre e fica remoendo problemas; se enrosca nas trivialidades tolas do que poderia ser só uma brisa que passa.

Porque, no fim, a gente sabe que passa.

Não sabe?

Brincadeira de mal gosto...

[ Photo by Rigoberto: "couldn't look you in the eye..."]

A gente costumava brincar e dizer que as pessoas que tinham medo de andar de avião não sabiam que as estatísticas provavam que era muito mais seguro voar do que pegar a estrada. Hoje, já não sei mais. A brincadeira ficou sem graça.

E então, quando tudo voltar a ser como era antes,

me acordem...

Muro das lamentações

Eu estava aqui, lamentando minha vida, achando tudo uma droga. Aí, de repente, a Globo coloca as famílias das vítimas da TAM na tela. Fala sério! Bateu uma de Pollyana total!! Como é que eu posso me encostar no meu muro das lamentações quando, na verdade, até agora, meus problemas são todos passáveis/passageiros/sobrevivíveis.

Photo: [red, red wine....]

E eu sei, que o sofrimento dos outros não diminui o meu. Nem deixa meus problemas menores. Mas, com certeza, me fez parar por uns minutos de sofrer por mim. E pensar nos outros. Por pelo menos um tempinho.

Saldo

Photo: [Porque deveriam ensinar sinuca nas escolas]

A minha vidinha hoje, às 22h02:


Lendo 3 livros (o do Abílio Diniz/ A Menina que Roubava Livros/ A Hora da Estrela)
Terminando de ler 1 revista literária (Piauí)
Com cinco matérias para fazer
Precisando tirar fotos de travestis na avenida
Com fome de sushi
Dormindo em um apartamento com 1o pessoas e um cachorro neurótico
Com desejo de comer chocolate meio-amargo
Precisando fazer as unhas, me depilar e tirar a sobrancelha
Preocupada com as várias entrevistas que terei que fazer/marcar/
implorar/rezar para darem certo


E cansada, mas muito feliz...

{...Olhos de amor...}

Desde cedo, ele tentou ensinar a lição que mais havia influenciado sua vida: você pode ser tudo que quiser. Entre sermões, reclamações e críticas, era este o conselho que ele sempre dava.

E, foi assim que, por muito tempo, aprendi a trocar as brincadeiras na rua por livros dentro de casa; saídas por noites em claro estudando; amigos de bar por colegas de trabalho.

Foi o estudo que o tirou de sua pequena aldeia no oeste africano e o jogou, anos depois, em uma sala de aula americana. Foi sua persistência que fez com que ele aprendesse não só a ler e a escrever em português (uma das línguas mais difíceis), mas compor textos e artigos publicados.

Foi sua coragem que transformou a vida de todos nós, quando, ao receber uma proposta de emprego em outro país, decidiu ir levando todo mundo. Ainda mais coragem ele teve ao decidir ficar – sozinho, enquanto todas nós voltamos para casa.

Quando penso em tudo que sou hoje, sei que devo muito ao que ele me ensinou. Devo muito ao que seus pais o ensinaram. Devo muito às lágrimas que chorei depois de cada discussão que tivemos.

Acho que agora entendo que ele me via pelos seus olhos e eu, me via pelos meus... hoje, aprendemos a nos ver, desta vez, simplesmente com amor. muito amor.

Há Vida: Feliz aniversário Mu!

Mas há a Vida: Clarice Lispector

Mas há a vida

que é para ser intensamente vivida,

há o amor

Que tem que ser vivido até a última gota

Sem nenhum medo

Não mata.

.... porque hoje é o aniversário dele. dele que eu amo, que eu venero, que eu adoro, que eu agradeço a Deus todo dia por ter colocado no meu caminho, que eu simplesmente não consigo mais viver sem, que eu preciso falar todo dia, que eu quero saber notícias, que eu preciso pra desabafar, que eu preciso pra ir no centro comigo, que eu preciso pra me ajudar a lembrar das coisas que eu compro, que faz parte do nosso casal de três, que tem a mesma blusa que eu, que eu preciso pra me ajudar a escolher o que vou usar, que me ajuda sempre, que está comigo, que existe. e só por isso, eu amo. amo.......

Esperando, enfim...

...

Vou ficar aqui, caladinha, sentada no canto da cama,

só esperando o tempo passar...

Contando quantos minutos faltam pro dia acabar,

somando as horas do dia pra semana terminar,

e assim, só assim, quem sabe,

eu posso sentir que finalmente

o tempo passou e eu continei aqui,

caladinha, sentada no canto da cama,

só esperando

...

Pi Pop 2007 - Cada Pulo, Uum Flash!

E Fim.

Ela sabia que eles iriam se encontrar. Num dia desses, pelas ruas, em algum desses bares da vida...


com certeza a maquiagem que ela estava usando já estaria transformada em uma máscara de filme de terror, e ele estaria lindo como sempre.


ela estaria triste, tomando aquela última cerveja só por obrigação; ele iria estar sentado numa mesa cheio de amigos, todos rindo.

ela usaria aquela roupa bem feinha, que já nem cabe mais direito; ele estaria vestindo aquela blusa verde linda (que ela deu, claro!).

ela iria pensar em falar com ele, passando o diálogo na cabeça pelo menos 100 vezes; ele olharia pra ela de relance e nem se tocar.

ela iria passar pela mesa dele pra ver se ele pelo menos cumprimentava; ele via que tinha passado pra fazer alguma coisa, mas nem virou.

ela iria se arrepender de gostar dele; ele nem ia lembrar que um dia prometeu amar tudo que viesse dela.

ela iria levantar, entrar no carro, ligar o rádio e ir embora; ele continuaria lá.

ela chegaria em casa e choraria, toda tristeza do mundo sobre os ombros; ele continuaria lá.

ela veria, alguns meses depois, que o novo pretê é muito mais simpático do que ele; ele continuaria lá.

ela finalmente iria desencanar, levar o pretê (que agora já era ficante) a sério; ele iria perceber que ela era a mulher da vida dele...

mas, hoje, ele não era mais o Homem da dela...

E Fim.

"The world still is the same, you never change it,

As sure as the stars shine above;

You're nobody 'til somebody loves you,

So find yourself somebody, find yourself somebody,

Find yourself somebody to love"

.... pensando seriamente, mas seriamente mesmo em jogar tudo pra cima! .....

What if...

"I've found almost everything ever written about love to be true.

Shakespeare said "Journeys end in lovers meeting." What an extraordinary thought. Personally, I have not experienced anything remotely close to that, but I am more than willing to believe Shakespeare had. I suppose I think about love more than anyone really should. I am constantly amazed by its sheer power to alter and define our lives. It was Shakespeare who also said "love is blind". Now that is something I know to be true. For some quite inexplicably, love fades; for others love is simply lost. But then of course love can also be found, even if just for the night. And then, there's another kind of love: the cruelest kind. The one that almost kills its victims. Its called unrequited love. Of that I am an expert. Most love stories are about people who fall in love with each other.

But what about the rest of us? What about our stories, those of us who fall in love alone?

We are the victims of the one sided affair. We are the cursed of the loved ones. We are the unloved ones, the walking wounded. The handicapped without the advantage of a great parking space!" The Holidays

......porque amo esse filme, as lições que se escondem entre ironias que são ditas.........

Bem feliz

Estou apaixonadazinha. Nem consigo olhar pra ele, de tão boba que fico. Sabe aquela coisa bem de menina, que dá borboletas no estômago e você nem consegue parar de rir?? aquela risada bem besta, que tem até mão na boca e tudo? pois é... toda vez que eu o vejo fico assim. bem tolinha. bem feliz.

mas aí, como eu adoro uma paixão platônica, ele nem vai saber. e nem vai saber de mim. ele nem me conhece. mas eu gosto assim, de deixar as borboletas voarem sem me preocupar se ele vai me achar feia, gorda, se vai reparar na espinha que acabou de aparecer no canto da minha boca...

vivo dizendo que sou impaquerável. e sou mesmo. não gosto daquelas conversinhas pra encher silêncio, daquelas amenidades sobre o tempo, das coisas que a gente fala porque não tem coragem de dizer o que está pensando. sou mesmo impaquerável, insuportável, extremamente sincera. não gosto daquela coisa de sair procurando alguém por aí, tentar descobrir pra onde ele vai. se ele chegou só. sou impaquerável. muito impaquerável.

por isso vou continuar aqui. cheia de borboletas fazendo mil trilhas no meu estômago e rindo à toa. bem tola. bem feliz.