será?
sem querer eu continuo criando castelos de pedra firme. mas quando olho de perto já é tarde, eles - que na verdade não eram nada mais do que areia, se desmancham com o vento e com a brisa.
sem querer eu continuo criando castelos de pedra firme. mas quando olho de perto já é tarde, eles - que na verdade não eram nada mais do que areia, se desmancham com o vento e com a brisa.
porque quando sinto, sinto muito. e quando beijo, vou até o fim. e quando mergulho, só paro até chegar no fundo. e quando sofro...ah, quando sofro não sinto, não beijo e nem mergulho. só sofro.
e durante o almoço, quando me perguntaram do que eu tinha medo, respondi de supetão: de sofrer. porque? porque sofrer é ruim, e tudo acaba em sofrimento... isso, tudo acaba em sofrimento. as coisas boas, as ruins, as nem tão legais assim acabam, e a gente sempre sofre no final.
E por enquanto eu não quero sofrer. É porque sou fraca, e medrosa, e tenho transtorno obsessivo compulsivo. e quando sofro...ah, quando sofro não sinto, não beijo e nem mergulho.
só sofro...
O telefone toca e ela sente aquele arrepiozinho que dá bem na espinha. É ele. E ela atende, faz voz de quem estava ocupada/acordada/fazendo alguma coisa. E responde que não, estava mesmo de bobeira. E conversa um pouco. Amenidades/besteiras/nada importante. E ele pede para ela olhar a lua. E ela mente, diz que já viu, que está linda. Até porque mesmo se não estivesse, estaria.
E quando acaba ela não entende/quer entender/duvida.
E quando realmente acabar ela tem uma certeza: que não importa o que ela disse/fez/pensou vai doer. e muito.
o tempo passando, e cada dia vai embora sem que nada da minha "listinha" de coisas - pequenas, grandes, seja feita. enquanto a noite segue, eu continuo insone, tentando não pensar no mundo de coisas aí fora que eu quero fazer e não fiz. que eu quero fazer mas a preguiça parece ser maior.